No ABC, 72% tem acesso à internet no domicílio

Julho 05, 2013

Informações obtidas por meio da Pesquisa Socioeconômica do Grande ABC, produzida pelo Instituto de Pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Inpes), mostram que a região tem grande representatividade quanto à população com acesso à internet em casa.

Considerando dados do primeiro semestre de 2013, o ABC conta hoje com 72% dos domicílios com este recurso. Em comparação com dez anos atrás, a pesquisa revela um aumento de 123% (na época, a condição representava 32% da população).
Para se ter uma ideia da expressividade, segundo a pesquisa mais recente do Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação (CETIC), que considera todo o país, a porcentagem de acesso é de 40%, ou seja, a média brasileira fica próximo ao que o ABC se encontrava 10 anos atrás. Colocando em pauta somente a região sudeste, tendo em vista as desigualdades sociais/econômicas entre regiões do país, o número alcança a percentagem de 48%, ainda distante do que o ABC apresenta.
Coordenador do Inpes, Leandro Prearo, explica que a diferença pode ser justificada por dois principais fatores: o primeiro deles se refere à condição econômica da população. “O ABC é economicamente mais maduro, comparando ao estado ou ao país. Desta forma, entende-se que a população tem melhor condição financeira para ter este serviço no domicílio”. O segundo fator está relacionado às condições tecnológicas da região. Tendo melhor situação econômica, as cidades têm infraestrutura para oferecer o acesso à população. “Esta é mais uma consequência da condição econômica do ABC. A renda familiar aqui representa quase o dobro do que é no Brasil” destaca.
Considerando o Grande ABC, que, além de Santo André, São Bernardo e São Caetano, inclui também as cidades de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o índice de acesso nas residências é de 67,4%, diferença não tão expressiva. Prearo explica que este dado pode se justificar, principalmente, por, neste quesito, a infraestrutura ser praticamente igual nestas cidades (fornecida, principalmente, pelas empresas instaladas em cada uma delas). Pesa, por exemplo, o fato das operadoras de internet oferecerem condições cada vez mais acessíveis para que o público possa ter esta condição.

Número poderia ser ainda maior
Por outro lado, o Coordenador do Inpes revela que a porcentagem apresentada nas cidades do ABC poderia até ser maior, pois além da condição econômica, deve-se considerar também a condição cultural nas cidades. “Existe famílias que podem ter acesso à internet, mas não têm por uma questão cultura, de dificuldade na utilização dos serviços, como por exemplo, famílias de idosos. A população de São Caetano tem uma grande proporção de idosos, o que provavelmente ainda seja um estanque para a plena internet no município”, afirma Leandro.

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