Juliana ficou em quarto nas voltas iniciais, apenas monitorando as adversárias e dosando a prova. Assumiu o terceiro posto, o segundo, e deixou para alcançar a liderança e vencer nos metros finais. "Foi a segunda vez que eu corri a prova (na temporada). Fiz uma antes, para conseguir o índice. Corri 16min07s e agora para 15 minutos."
Foi o segundo ouro de Juliana nos Jogos Pan-Americanos - no Rio, em 2007, ficou com o título nos 1.500 m. Mulher do maratonista Marílson Gomes dos Santos, bicampeão da Maratona de Nova York, e mãe de Miguel, de 4 anos, treinada por Adauto Domingues, disse que sonhava com uma medalha no Canadá. "Mas depois de oito anos, numa prova totalmente oposta à minha? Tenho certeza de que muitos no Brasil estavam falando 'segura Ju', deixa para o final'", comentou, sobre a excelente prova técnica que fez. "O Adauto me ajudou muito, o Marílson sempre falava que dava para voltar depois de uma gestação."
A segunda medalha do dia, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA e do Brasil, veio com Jucilene Sales de Lima, no lançamento do dardo, de bronze (60,42 m). Jucilene dividiu o pódio com Elizabeth Gleadle, do Canadá (62,83 m), ouro, e Kara Winger, dos Estados Unidos (61,44 m), prata.
A velocista Ana Cláudia Lemos Silva passou para as semifinais dos 100 m rasos, com 10s96 - a marca seria recorde sul-americano se o vento não estivesse muito acima do permitido, que é 2,1 m/s (+ 4,0 m/s no momento da prova). Ana é a recordista sul-americana da prova com 11s01. "É bom para o ego. É a segunda vez que quebro a barreira dos 11 segundos com vento. Mas eu estou trabalhando duro e não tenho dúvida que uma hora vai sair. É manter a cabeça no lugar, o foco na competição. Venho trabalhando pesado", afirmou a velocista.
O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, rumo aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, tem parceria com Pão de Açúcar, CAIXA, Prefeitura de São Caetano e Nike.