Handebol feminino de São Bernardo conquista 38 títulos em 10 anos

Dezembro 03, 2015

A equipe de handebol feminino Metodista/São Bernardo conquistou o 38º título em 10 anos, sendo nove - inclusive o último - na principal competição da modalidade no Brasil, a Liga Nacional.

A história vitoriosa do time está diretamente ligada ao trabalho desenvolvido pelo técnico Eduardo Carlone Leite desde a formação da equipe, em 2006. Na verdade, a trajetória do treinador está atrelada ao crescimento da modalidade no município, que em 1993 se juntou à universidade para formar o time masculino.
Mas o técnico que coleciona títulos no handebol teve de seguir por outros caminhos até alcançar espaço na área que mais gosta, o esporte de modo geral. Funcionário de carreira da Prefeitura de São Bernardo, Carlone iniciou sua trajetória no serviço público no setor administrativo da Secretaria de Serviços Urbanos em 1985. Quatro anos depois, concluiu sua formação em Educação Física e conseguiu transferência para a Secretaria de Esportes e Lazer, sendo efetivado como professor.
Coincidentemente, mais quatro anos se passaram até que a equipe masculina de handebol fosse formada e Carlone, chamado para participar do projeto, primeiramente nas categorias de base e, posteriormente, como assistente técnico da equipe principal. “Em 2006, a Prefeitura e a Metodista encamparam o projeto de formar o time feminino e me chamaram para assumir como treinador, por conta da experiência que adquiri tanto pelo trabalho na administração quanto no time masculino.”
Carlone sabe que o trabalho coletivo é a base da trajetória vitoriosa da equipe feminina que dirige, e por isso faz questão de dividir os méritos: “Me considero um lapidador de talentos, pois são os técnicos da base que descobrem as atletas. Não teria condições de montar um elenco como o nosso se não fosse pelo olhar deles. Apesar de estar à frente da equipe, certamente este é um resultado coletivo, dos técnicos da base que convencem os pais a investir nessa garotada, dos preparadores físicos, fisioterapeutas e, é claro, das atletas.”
Entre os talentos descobertos na base a equipe conta com atletas como a armadora esquerda Mariane Cristina (era do Juvenil), a armadora direita Barbara Buratto (saiu da escolinha), a ponta esquerda Thamiris Madeira, que iniciou na modalidade aos 8 anos, e as goleiras Bruna de Oliveira e Luiza Marchhausen.
O equilíbrio entre atletas mais novas e experientes, aliado a treinamento intenso e entrosamento, é o que dá resultado em quadra. “Quando detectamos jogadoras do Juvenil com perfil para o time adulto, elas são convidadas para treinar com a equipe principal. Assim, quando estiverem prontas para subir, já sabem como a equipe joga e como tudo funciona, o que facilita a adaptação”, aponta Carlone.
A armadora direita Barbara Buratto, que iniciou na escolinha aos 10 anos e hoje integra a equipe adulta, avalia que esse tem sido um ano positivo em sua carreira: “Estou podendo ajudar a equipe de forma efetiva, já que agora também entro em quadra. Este ano ficamos em segundo lugar nos Jogos Regionais, mas mantivemos o foco e conquistamos o título paulista (também em novembro) e nacional. Agora, a meta é buscar o sétimo título dos Jogos Abertos.”
A pivô Livia Martins Horácio, uma das atletas mais experientes da equipe, revela que a Metodista e a Prefeitura “nunca mediram esforços” para que a equipe disputasse as principais competições do calendário. “Nós não iríamos disputar a Liga Nacional deste ano se não fosse o apoio da faculdade e da Prefeitura. Ganhamos dois presentes: participar da competição e ganhar o campeonato para a cidade de novo.”

Os títulos desde 2006

Liga Nacional - 9

Copa Brasil - 1

Campeonato Paulista - 9

Jogos Abertos Brasileiros - 5

Jogos Abertos do Interior - 6

Jogos Regionais - 8

 

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