Foram 19 pódios no total e a décima terceira posição no quadro geral. Do total de medalhas conquistadas, 11 foram inéditas, sendo 10 em modalidades individuais.
O país disputou 50 finais no Rio de Janeiro, contra 36 em Londres. E houve avanços significativos em modalidades em que não havia tanta tradição, casos, por exemplo, da canoagem de velocidade, em que o país somou três pódios, todos com a presença de Isaquias Queiroz, um feito inédito e expressivo.
Em outros esportes, mesmo sem pódio, houve resultados históricos, melhores marcas pessoais e recordes nacionais. Entram nessa conta casos como o do levantamento de peso, da esgrima, do atletismo, da canoagem slalom, da marcha atlética e do ciclismo de estrada, para citar apenas alguns. Em todas elas, o Brasil se firmou entre os top 5 ou top 10 da modalidade.
Desde 2009, o Governo Federal investiu cerca de R$ 4 bilhões na consolidação da infraestrutura esportiva, por meio da Rede Nacional de Treinamento, e no apoio específico a atletas. "Agora, neste último dia de competições, podemos dizer que o Brasil teve no Rio seu melhor desempenho numa Olimpíada, que começou pelo número recorde de nossa delegação. Aqui no Rio, foram 465 atletas brasileiros participando dos Jogos, contra 259 em Londres (2012) e 277, em Pequim (2008)", afirmou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, durante entrevista coletiva no Rio Media Center.
De acordo com o ministro, os programas de patrocínio individual de atletas promovidos pelo Governo Federal, como a Bolsa Atleta do ministério do Esporte, estão entre as explicações para os ótimos resultados no Rio. "Dos 465 esportista, 358 (cerca de 77%) recebem Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, com investimento de R$ 18 milhões", disse Picciani.
Ele confirmou a continuidade dos programas para o próximo ciclo olímpico. "Vamos manter a Bolsa Atleta, e vamos buscar mecanismos para que o Bolsa Pódio seja mais eficiente, modalidade a modalidade. É preciso que o esporte seja visto como política pública necessária para o desenvolvimento do país", afirmou.
A Bolsa Pódio é a categoria mais alta do Bolsa Atleta, destinada a esportistas com chances de medalhas em Jogos Olímpicos. Ao todo, são oferecidos seis tipos de bolsas, nas classes Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico, além da categoria Pódio. "Nós entendemos que o Ministério do Esporte cumpriu sua missão de apoiar o esporte de alto rendimento".
Legado Esportivo
Durante a coletiva, Leonardo Picciani também ressaltou que o legado das Olimpíadas não será apenas para o Rio de Janeiro, mas para todo o país. "O legado olímpico não está só no Rio. Há equipamentos esportivos em todas as regiões do Brasil. Conseguimos atrair para a realização dos Jogos Olímpicos cerca de 60% de capital privado. O Velódromo, a Arena Carioca 2 e o Centro Olímpico de Tênis farão parte da Rede Nacional de Treinamento", disse.
A Rede Nacional de Treinamento é uma iniciativa do ministério do Esporte que interliga as diversas instalações esportivas existentes ou em construção de todo o país que visa formar novos talentos e dar condições adequadas de treinamento para atletas equipes olímpicas e paralímpicas.
As obras de infraestrutura e mobilidade urbana realizadas no Rio de Janeiro também foram destacadas por Picciani. De acordo com o ministro, o Boulevard Olímpico, na região do Porto Maravilha, foi eleito pelos torcedores e visitantes como o melhor local turístico da cidade, à frente da praia de Copacabana e do Cristo Redentor. "Isso mostra que tivemos a requalificação da região portuária e da praça Mauá, que era uma área esquecida e degradada da cidade".
"Como carioca, não posso deixar de manifestar o orgulho pela maneira como os moradores do Rio souberam participar dos Jogos e receber os turistas estrangeiros e de todo o Brasil da forma mais amigável possível. Chegamos ao último dia dos Jogos Olímpicos com a certeza de que cumprimos nosso papel", concluiu Leonardo Picciani.
Fonte: João Paulo Machado, brasil2016.gov.br