A concentração é a marca do atleta da SERC São Caetano, que está nos preparativos finais para o Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que começa dia 30 de setembro, na Antuérpia. Na cidade belga, competirá em sua especialidade: as argolas.
A sequência de conquistas após o ouro olímpico, que veio nos Jogos de Londres, em 2012, deixa claro que o comodismo com a chegada ao topo passou longe de Arthur. Foram três títulos nas três competições internacionais que disputou em 2013. Mas falta um ouro na galeria: justamente o do Mundial.
Na última edição do torneio, em 2011, o ginasta sancaetanense bateu na trave: ficou com a prata no Japão, superado apenas pelo chinês Chen Yibing. O troco no asiático veio em Londres. Mesmo com a ausência de seu principal adversário na Antuérpia, Arthur exalta a qualidade dos concorrentes e não entra na zona de conforto. Foco fundamental para voltar ao Brasil com mais uma medalha no peito.
Em entrevista coletiva após o treinamento desta quarta-feira (18/9), Arthur rechaçou veementemente o favoritismo. “Não me considero favorito. Penso apenas em fazer o melhor. Minha maior cobrança era vencer a Olimpíada e isso já consegui”, lembrou. “Mas tenho outros objetivos na carreira, entre eles vencer o Mundial.”
A viajem à Europa está marcada para segunda-feira (23/9). Arthur estará acompanhado de outro ginasta de São Caetano: Francisco Barreto, o Chico, que competirá nas barras paralelas e na barra fixa. O técnico Marcos Goto também embarcará.
Novo elemento - Na Antuérpia, Arthur usará o elemento que criou em conjunto com Marcos Goto e que utilizou em Anadia, em junho. Com o novo movimento, o ginasta registrou a sua maior nota de partida (16.090) e venceu a competição em Portugal. Mas ainda resta a homologação pela Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Arthur e Goto esperam que a FIG classifique o elemento, que deverá ser batizado como Zanetti, como de grau de dificuldade F, o que equivale a 0,6 na pontuação final da apresentação. Em Portugal, o comitê agrupou a criação na categoria E, de pontuação inferior. “Vamos apresentar o elemento na classificatória. Se a FIG classificá-lo como de grau F, utilizaremos na final. Caso contrário, não”, antecipou o treinador.