A via, com cerca de quatro quilômetros de extensão, é importante eixo de ligação entre o Centro de São Bernardo, o Rudge Ramos/Taboão e a divisa com a Região Metropolitana de São Paulo. A medida, implementada pela Secretaria de Transportes e Vias Públicas, foi adotada para garantir, ao mesmo tempo, mobilidade e a redução no número de acidentes de trânsito.
Com a entrada em vigor da medida, os usuários terão até 20 dias para se adaptarem à velocidade, período depois do qual vai começar a aferição da velocidade por meio de radares. Após o prazo, os motoristas que desrespeitarem a sinalização estarão sujeitos à multa. Para facilitar a adaptação, no local há banners informativos que indicam a alteração.
Além desta via, já operam com velocidade reduzida, de 60 km/h para 50 km/h, as avenidas Faria Lima, João Firmino e Lauro Gomes. Esta última possui um trecho com velocidade máxima de 30 km/h. No geral, as vias possuem velocidade contínua, apenas com alteração e obstáculos nas proximidades de áreas escolares, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.
Estão em estudo a implementação da medida em outros locais, como a Avenida 31 de Março, de 70 km/h para 50 km/h, a Avenida Pery Ronchetti, de 60 km/h para 40 km/h, e Avenida Pereira Barreto, de 60 km/h para 50 km/h.
Para o diretor do Departamento de Engenharia de Tráfego, Maurício de Souza Pereira, a velocidade reduzida diminui a possibilidade de atropelamento. “A partir da velocidade de 30 km/h, qualquer acréscimo na velocidade tem seu efeito ampliado sobre a letalidade do acidente. Um impacto entre veículo e pedestre a 30 km/h tem menos de 10% de chance de óbito. Quando essa velocidade sobe para 40 km/h, a possibilidade sobe para cerca de 20%”, explicou.
Além do aspecto segurança, o diretor afirma que outro benefício da medida é a maior fluidez do trânsito. Segundo Pereira, quando a velocidade é mais alta, o veículo de trás precisa manter muito mais distância do carro da frente do que quando a velocidade é mais baixa, o que diminui a capacidade da avenida. “Passam mais veículos por hora quando a velocidade está a 35 km/h do que a 60 km/h, por exemplo. O motorista é obrigado a dar ‘freadinhas’, o que acaba acontecendo em cadeia. Portanto, a velocidade menor flui mais constante”, disse.