Essa é a meta permanente dos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de São Bernardo que, além de inspecionar residências e estabelecimentos comerciais, também fiscalizam as obras públicas do município em busca de criadouros do mosquito aedes aegypti.
Os agentes de controle de zoonoses orientam a população sobre quais as melhores maneiras de evitar focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e fazem relatórios sobre o que encontraram nos canteiros de obras. As visitas são realizadas, em média, a cada 15 dias, dependendo da obra.
A construção do piscinão do Paço Municipal é um exemplo de canteiro de obras que é visitado constantemente pelos agentes. “Recomendamos ao Consórcio Centro Seco, responsável pela intervenção, a bombear a água que acumula no fundo do reservatório, e a tapar os buracos que há nas sapatas que irão sustentar as colunas, quando o piscinão for fechado”, disse o supervisor de vetores do CCZ, Mauro Chirotto.
Chirotto explicou que o CCZ recebe muitas denúncias de possíveis criadouros nesses locais, mas que, muitas vezes, o que é encontrado são larvas do mosquito comum (culex), que bota seus ovos sobre água parada. “isso tende a confundir, pois as pessoas veem água parada e mosquitos e associam ao aedes aegypti. Mesmo nesses casos, eliminamos as larvas e fazemos uma vistoria nos locais que são alvo de reclamações”, disse.
Na primeira visita feita ao local, um relatório foi entregue ao Consórcio que administra a construção para que medidas fossem tomadas. “Tudo o que sugerimos foi feito e hoje, apesar de não apresentar problemas, fazemos acompanhamento. As pessoas devem estar cientes que é mais perigoso um copo de plástico com água parada do que em água barrenta”, alertou.
Outro ponto que é alvo de monitoramento regular por parte dos agentes de combate à dengue é a construção da galeria sob a Avenida Aldino Pinoti, obra do Programa Drenar, de combate às enchentes. O supervisor afirma que cada local de intervenção tem sua particularidade, pois ali o problema é o lixo descartado incorretamente pela população. “Há apenas um trecho que ainda está com obras em andamento, mas temos que sempre solicitar a remoção de resíduos, como garrafas de água, plástico, entre outros, jogados ali”, disse.
Quanto às obras de construção do Corredor de ônibus Leste-Oeste, o supervisor destacou que neste caso também há o monitoramento. Além disso, a probabilidade de haver proliferação no local é pequena uma vez nas o mosquito não coloca os ovos na água corrente que há próxima ao local.
Além do trabalho nas obras públicas, o supervisor também é responsável pelos prédios públicos do município, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e escolas municipais e estaduais. “Já encontramos larvas em calhas e até mesmo em imóveis vizinhos, onde a piscina era foco do mosquito”, disse.
O supervisor anda pelas obras munido de um larvicida e sempre que encontra larvas, alem de eliminar o criadouro, encaminha o material para análise no laboratório. “O mesmo cuidado que temos, as pessoas devem ter em suas residências. Precisamos do engajamento dos moradores para vencer essa batalha”, salientou.