Os dados foram divulgados terça-feira (7) pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), durante a apresentação do boletim especial Mulher & Trabalho no ABC, elaborado em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
O aumento da presença feminina no mercado de trabalho na região registrado do ano passado ocorreu após queda em 2015, quando havia interrompido uma série de três altas anuais consecutivas, ressaltou Cesar Andaku, economista do Dieese, durante a apresentação da PED.
“A participação feminina no ABC, que é a proporção de mulheres com dez anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, supera Chile (56,5%), Itália (54,1%) e México (46,9%). A taxa, no entanto, é inferior a de países como Dinamarca (75,3%), Alemanha (73,1%), Estados Unidos (66,9%) e Japão (66,8%)”, explicou Andaku.
Em 2016, o nível de ocupação diminuiu 1,4% para as mulheres, enquanto para os homens recuou 5,7%. Do total de ocupados na região do ABC, 46,9% eram mulheres, ante 45,8% um ano antes. No mesmo período, a parcela de desempregadas em relação ao total diminuiu de 49,2% para 48,3%.
A taxa de desemprego total feminina aumentou pelo terceiro ano consecutivo, passando de 13,3% para 16,7%, registrando o maior valor desde os 18,0% verificados em 2006. Já entre os homens, o aumento da taxa de desemprego total foi maior, passando de 11,8% para 15,9%.
Durante a divulgação da pesquisa, o secretário executivo do Consórcio, Fabio Palacio, afirmou que os números apresentados vão contribuir para a tomada de decisões por parte das empresas da região. “Os números divulgados são muito precisos e permitem traçar um panorama sobre a participação da mulher no mercado de trabalho das sete cidades”.