No mês passado, Morando enviou ao Legislativo pedido que o salário fosse para R$ 25.604,69, anulando o acréscimo de 20%, colocado por Marinho, que havia deixado a quantia em R$ 30.627,77, uma das maiores do País.
O pedido do prefeito de São Bernardo tramitou pela Câmara, mas foi rejeitado após o Judiciário apontar que a proposta infringiu a Emenda Constitucional 41/2003, que determina que o subsídio mensal do prefeito seja o maior dos salários entre os funcionários públicos. Com a negativa, Morando pediu auxílio para a Procuradoria-Geral do Município, uma vez que seu objetivo era devolver o valor para os cofres públicos. Entretanto, a medida voltou a ser reprovada.
Assim, o chefe do Executivo estabeleceu que todo mês encaminhará os valores adicionais de seu salário a entidades filantrópicas do município, obedecendo indicação do Fundo Social Solidariedade (FSS), presidido pela primeira-dama Carla Morando.
“Não só estes valores mensais, mas também o que recebi desde janeiro. Sempre fui contrário a esse aumento, que meu antecessor se colocou. Busquei caminhos para retornar aos cofres públicos, mas há impedimentos administrativos e legais que não permitiram. Com isso, penso que a quantia vai ajudar entidades sérias em nosso município”, argumentou Morando.
A postura adotada vem ao encontro da nova plataforma de economia e respeito ao uso consciente do dinheiro público, estabelecido pela atual gestão, a partir de 1º de janeiro, diante de um rombo financeiro de R$ 200 milhões deixados pela administração antecessora.
Dentre as ações lideradas pelo atual governo de São Bernardo, estão a devolução de carros oficiais, telefones celulares corporativos, suspensão do Carnaval, corte de 30% em cargos comissionados, congelamento em 40% do Orçamento.