O objetivo é atingir a meta de vacinar 95% do público infantil, com idade entre 1 ano e menores de cinco anos. Em SP, há 2,2 milhões de crianças nessa faixa-etária, e cerca de 1,5 milhão delas já foi imunizada contra ambas as doenças durante a campanha.
A Secretaria de Estado da Saúde convoca os pais e responsáveis para levarem as crianças aos postos de vacinação, até sábado. As doses de vacinas contra ambas as doenças seguem disponíveis nos postos. Cada município poderá organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.
A estratégia segue a recomendação do Ministério da Saúde, e amplia o prazo de encerramento da campanha, cuja data oficial de encerramento era 31 de agosto.
O Estado já aplicou mais de 3 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 1.548.862 crianças contra pólio e 1.528.214 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios.
Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 655 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 675 mil contra sarampo. Alerta especial é direcionado aos pais com crianças com 1 ano de idade, faixa que ainda apresenta 55% de cobertura para ambas as doenças. Entre os demais, de 2 a menores de 5 anos, a cobertura é superior a 70%.
“Contamos com apoio das Prefeituras, bem como dos pais e responsáveis, para que as crianças sejam levadas aos postos nesta última semana da campanha. É uma responsabilidade coletiva aumentar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo entre esse público-alvo e, assim, garantir a proteção contra as doenças”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.
A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.
“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.
Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. O segundo ‘Dia D’ ocorreu em 18 de agosto, quando 5,8 mil postos de vacinação fixos e volantes estiveram em funcionamento, mobilizando mais de 38,4 mil profissionais. Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.