A USCS vai fazer testes para encontrar a tão desejada vacina contra a covid-19, neste momento da mais grave situação sanitária mundial em mais de 100 anos. A Universidade Municipal de São Caetano do Sul será um dos 12 centros de pesquisas do Brasil responsáveis pelos testes de fase 3, em humanos, da vacina contra o novo coronavírus, a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
O anúncio da escolha da instituição de Educação são-caetanense foi feito pelo governador João Doria (PSDB) na quarta-feira (1/7). Mais um motivo de orgulho para o morador da cidade e o reconhecimento do trabalho de 52 anos da instituição.
A USCS já foi referência em Administração de Empresas e Ciências Econômicas nas décadas de 1960 e 1970. A partir de 1982, com o INPES (Instituto de Pesquisas da USCS), tornou-se polo de conhecimento em dados e informações socioeconômicas para a cidade e toda região do Grande ABC. Consolidou a Pós-Graduação e Mestrado.
Evoluiu para Centro Universitário no ano 2000, período em que avançou na formação de profissionais de Comunicação. Outro marco na história da USCS é a criação do curso de Medicina, que passou a ser oferecido a partir de 2014. Uma evolução sólida que possibilitou à universidade chegar ao patamar atual, de absorver um projeto de Saúde de magnitude imensurável como o teste para a vacina do coronavírus, a principal chaga sanitária desde a gripe espanhola, que infectou 500 milhões de pessoas entre 1918 e 1920, o que representava 25% da população do planeta na época.
A dimensão da responsabilidade da USCS com essa missão é mais um divisor de águas na história da instituição de ensino e, consequentemente, na história de São Caetano, colocando a cidade como exemplo de políticas públicas educacionais, de pesquisa e saúde no cenário nacional e internacional.
“Temos a USCS como um dos centros de pesquisas que testarão a vacina, isso reflete o nosso compromisso com a ciência, com a Saúde pública e, sobretudo, com o enfrentamento à covid-19. É um orgulho muito grande”, destaca o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).
“A USCS irá participar ativamente de algo que poderá ser positivo para o País e para o mundo. É um grande reconhecimento para a instituição, como potência na área médica e da Saúde, por meio do curso de Medicina, e da Prefeitura, com quem trabalhamos ativamente nos programas de combate à pandemia”, diz o reitor da USCS, Leandro Prearo.
A pesquisa clínica dos testes da vacina será coordenada pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos do mundo. O primeiro convênio para testagem de vacina contra a gripe entre a USCS e o Instituto Butantan foi assinado pelo então reitor Marcos Bassi, que esteve à frente da universidade de 2013 até o mês passado. “É ótimo ver que essa grande universidade está no fronte com pesquisas e medidas de combate ao coronavírus”, afirma o professor.
A USCS receberá o contato do Governo do Estado e do Instituto Butantan sobre os protocolos da aplicação dos testes, depois da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Com as informações, serão divulgados mais detalhes de como será o processo.
Além da USCS, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein, estes três na Capital. Em outras cidades do Estado também atuarão o Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas; Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.