Os bancos de leite do Estado apoiam o aleitamento materno a todos os recém-nascidos, incluindo os internados em unidades neonatais e filhos de mães impossibilitadas de amamentar. São os bancos que fazem a coleta do leite junto às doadoras, armazenam e orientam sobre a importância da amamentação.
O leite materno contém nutrientes que o leite de outros mamíferos não tem, como anticorpos e glóbulos brancos – fundamentais, principalmente, para bebês com peso abaixo do normal. O leite que muitas mulheres jogam fora pode determinar a sobrevivência de prematuros, sobretudo no HEMC, que mantém UTI Neonatal.
Podem doar todas as mulheres que estiverem amamentando e tiverem leite excedente. Precisam estar saudáveis e não podem consumir medicamentos incompatíveis com a amamentação. Interessadas em contribuir devem procurar o banco de leite humano mais próximo de sua residência. No Hospital Mário Covas, as candidatas à doação podem entrar em contato pelo telefone (11) 2829-5021.
Mitos e verdades sobre o aleitamento materno
- Algumas mães não têm leite.Mito. Toda mulher, após o nascimento da criança, produz leite por meio da sucção. Quanto mais o bebê sugar, mais leite será produzido. Beber bastante água é fundamental durante a lactação. Se a mãe produz pouco leite, pode aumentar a frequência das mamadas, ou seja, diminuir os intervalos entre elas.
- É preciso preparar a mama durante a gestação, para que a mulher consiga amamentar corretamente.
Mito. Não é necessário massagear os mamilos, esfregar com bucha vegetal e muito menos passar cremes ou pomadas. No máximo, a gestante pode tomar banho de sol ou de luz (de 40v) para auxiliar na produção de melanina.
- Compressa de água quente ajuda na produção do leite materno.
Verdade. Colocar compressas mornas nas mamas ajuda, sim, a produzir mais leite. Mas só são indicadas quando a produção é baixa. Do contrário, pode causar ingurgitamento mamário (empedramento e mastite).
- Os bebês precisam mamar em um peito por vez.
Verdade. O leite materno tem três fases. A primeira (logo no começo da mamada) tem grande quantidade de água. Na segunda fase, o leite é rico em eletrólitos, vitaminas e sais minerais (cálcio e fósforo). E na terceira fase estão as gorduras e os carboidratos. Por isso é importante que o bebê esvazie um peito só por vez, para que consiga ingerir o leite mais calórico, que vem no final da mamada. Após três horas ou quando a criança manifestar sinais de fome, oferece-se a outra mama. Nesse intervalo, o organismo produz leite nas duas mamas e é esse leite que sobra que deve ser doado. Do contrário, pode empedrar e a mãe sentir muita dor.