São Caetano do Sul é a cidade com o melhor IDH do Brasil

Agosto 02, 2013

A cidade de São Caetano do Sul manteve a liderança no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), de acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgado na última segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O município alcançou o índice de 0,862, em uma escala onde a nota máxima é 1, e manteve a primeira colocação no levantamento que leva em conta três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Nas duas últimas vezes em que o índice foi divulgado, em 1998 (referentes a dados de 1991) e em 2003 (com dados de 2000), São Caetano também apareceu na primeira posição.

O prefeito Paulo Pinheiro comemorou o reconhecimento nacional recebido pela cidade. “É um ótimo presente de aniversário para a cidade. Desde os tempos do prefeito Tortorello nosso município tem se destacado em relação à qualidade de vida e meu compromisso, como prefeito, é trabalhar para manter e melhorar estes índices. O desafio será grande, especialmente por conta do aumento da população da cidade com a verticalização dos últimos anos e das dívidas que herdei da administração passada”, disse Pinheiro. 
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de São Caetano do Sul era de 0,697 em 1991 e chegou a 0,820 em 2000, no último levantamento antes do divulgado na segunda-feira. Nos últimos anos, a área que mais cresceu em termos absolutos foi a Educação (uma melhora de 0,071). Um dos destaques foi o índice de escolaridade: 76,21% da população de 18 anos ou mais de idade completou o Ensino Fundamental, e 62,46% o Ensino Médio.
No desenvolvimento econômico, a renda per capita média de São Caetano cresceu 84,53% nas últimas duas décadas, passando de R$ 1.107,53 em 1991, para R$ 1.639,93 em 2000 e R$ 2.043,74 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 48,07% no primeiro período e 24,62% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70) passou de 1,35% em 1991 para 0,16% em 2000 e para 0,09% em 2010.
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do IDHM. Em São Caetano, a esperança de vida ao nascer aumentou 6,1 anos nas últimas duas décadas, passando de 72,1 anos em 1991 para 78,2 anos agora – no Estado de São Paulo, a expectativa de vida é de 75,7 anos e no Brasil, de 73,9 anos.

Moradores estão satisfeitos com o município

Os moradores de São Caetano do Sul estão satisfeitos em viver na cidade com o melhor IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do país. Dizem que não a trocariam por nenhuma outra, ressaltam suas qualidades, mas fazem questão de apontar o que precisa ser melhorado.
“Moro aqui há 42 anos, praticamente desde que nasci. É uma cidade tranquila, onde você pode caminhar pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite”, diz Cláudio Miguel Lourenço Junior (foto), morador do Bairro Olímpico. Para ele, o maior problema da cidade hoje é o trânsito. “Construíram muitos prédios, com isso aumentou o número de veículos. O trânsito piorou muito e ficou mais difícil estacionar o carro”.
Há 15 anos na cidade, Ana Pascoal diz que está muito feliz em viver em São Caetano do Sul. “Gosto muito daqui. É uma cidade boa para a Terceira Idade, tem muitas opções de atividades. E o mais importante é que posso sair para minhas caminhadas e passeios sem nenhuma preocupação. Só preciso da minha companhia”, fala a senhora de 73 anos, que aguarda a mudança de dois dos seus três filhos para o município nos próximos meses.
A qualidade de vida na cidade também é aprovada por Ana Paula Ferro, 38 anos, moradora do Bairro Barcelona. “A saúde e educação são excelentes. Meus filhos estudam na escola do município, fazem cursos de idiomas e nós utilizamos os serviços públicos de saúde. Não tenho do que me queixar, pois sempre fui bem atendida”, conta. Ela destaca, ainda, a segurança e critica a utilização dos serviços municipais por moradores de outras cidades. “Eu me sinto segura para sair com meus filhos em qualquer hora do dia. A saúde também é a melhor da região. O problema é que vem muita gente de fora para ser atendido aqui”, avalia. Mas, ela faz questão de ressaltar que não se mudaria da cidade por nada.

 

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