O manancial enfrenta a pior seca dos últimos 84 anos e opera com menos de 25% de sua capacidade, somando volume útil e reserva técnica. Preocupado em não sofrer com desabastecimento futuramente, o prefeito Paulo Pinheiro cobrou alternativas do governo do Estado, em reunião na sede da Sabesp, no dia 30/05. A comitiva municipal foi formada pelo diretor geral do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de São Caetano, Welington Kalil, e pelo secretário de Governo, Sallum Kalil Neto.
Paulo Pinheiro enfatizou que a cidade não pode depender apenas do Sistema Cantareira, como ocorre atualmente. “Nos garantiram que não haverá racionamento neste ano. Os moradores e a Prefeitura, que usa água de reúso para fins não potáveis, já têm feito sua parte na gestão eficiente que tem gerado redução de consumo. Porém, queremos uma solução vinda do Estado, pois nossos munícipes, que têm consciência socioambiental, não podem ser prejudicados”, ressaltou.
Segundo Welington Kalil, a Sabesp analisa a possibilidade de reativar linhas de abastecimento antigas e de voltar a utilizar os recursos pelo Sistema Rio Grande, um braço da Represa Billings. “O estudo leva em conta a possibilidade de manutenção, revestimento ou até mesmo substituição das linhas de captação de água da Billings para São Caetano, há muito tempo desativadas. Nas condições que estão, não há possibilidade de uso, mas, se necessário, seriam utilizadas para abastecer parte da cidade, pelo reservatório Santa Maria, como já foi no passado”, explicou.
Uma das ações propostas pela companhia paulista como medida para evitar o desabastecimento é a transferência de água dos sistemas Rio Claro, Rio Grande, Alto Tietê e Guarapiranga para trechos dos municípios atendidos pelo Cantareira.