Com apenas 100 litros em estoque - a estrutura instalada comporta 400 litros -, a unidade intensificou o trabalho de sensibilização e busca por doadoras.
O leite materno armazenado no banco é utilizado, principalmente, para alimentar os bebês prematuros da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e também os que estão internados na UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), nos casos em que as mães ainda não conseguem amamentá-los.
Em média, por mês, cerca de 120 recém-nascidos são beneficiados pelo alimento fornecido pelas voluntárias. A demanda por leite materno vem aumentando, sobretudo depois que o HMU ampliou, neste ano, a oferta de leitos em UTI Neonatal, de 12 para 20.
Responsável pelo Banco de Leite Humano do HMU, a nutricionista Nerli Pascoal explica que o leite materno é fundamental para o desenvolvimento dos bebês, em especial os nascidos antes das 37 semanas de gestação e com baixo peso. "É um alimento seguro, que contém anticorpos e ajuda na proteção desses recém-nascidos, que são mais vulneráveis."
Para garantir o chamado estoque de segurança - com o qual é possível atender a demanda e eventuais emergências - é necessário manter 300 litros de leite materno armazenado, o triplo da quantidade atual. Apesar do estoque baixo, nenhum bebê deixou de receber o alimento no HMU. "Contamos muito com a colaboração das mulheres que têm os seus filhos aqui no hospital e acabam se tornando doadoras. Mas precisamos ampliar", afirma a nutricionista.
Para colaborar, é preciso ser saudável, estar amamentado e ter sobra de leite. Sinais típicos de leite excedente são mamas muito cheias e registro de vazamentos constantes, mesmo após as mamadas. Não há volume mínimo para doação.
O alimento é recolhido na casa da doadora por técnicas do HMU, que também orientam quanto à retirada e ao armazenamento do leite. As interessadas devem entrar em contato com o banco pelo telefone 4365-1480, ramal 1203. O atendimento é feito 24 horas.