Curiosamente, apesar deste aumento, dos 34 itens que compreendem a cesta, 15 registraram altas, 14 apresentaram queda, enquanto que os outros cinco produtos não tiveram os preços alterados.
“Este equilíbrio é um detalhe curioso, já que há tempos não havia tanta estabilidade de preços em tantos itens incluindo os dois considerados mais importantes, que são o arroz e o feijão, sendo R$ 9,35 para o primeiro e R$ 2,11 para o segundo”, frisa o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pelo levantamento, Fábio Vezzá de Benedetto.
Entre os produtos a apresentarem as maiores elevações estão o tomate, com 11,71%, a laranja em 9,93%, além da unidade do pé da alface, 7,48%. A carne bovina foi outro item a registrar alta. Enquanto o corte dianteiro subiu 3,46%, o traseiro teve acréscimo de 3,31% no custo. “Além das frutas, legumes e verduras, que variam drasticamente de preço devido a sua perecibilidade, a alta no custo da carne, observado nesta semana, é algo típico desta época do ano já que tradicionalmente atravessamos um período de entressafra, marcada pela influência da estiagem que em 2014 começou muito antes do inverno”, lembra Benedetto.
Já visando as próximas pesquisas, o especialista ressalta que, mesmo que ocorra nos próximos meses a regularização das chuvas com a primavera, até que as pastagens se recuperem, aliado à demanda crescente por carnes para as festas de final de ano, incrementado com o pagamento do 13º salário e abonos, os preços devem se manter em alta. “Uma alternativa de proteína em substituição à carne bovina seria o frango, os ovos e a sardinha em lata”, sugere.
Enquanto o preço do quilo do frango recuou 2,19%, a dúzia de ovos teve queda de 6,71% e a sardinha em lata caiu outros 4,14%.