No bate-papo, o prefeito ouviu sugestões para melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados em São Caetano do Sul.
Só lembranças
Nos anos de 1990 e boa parte da primeira década de 2000, dois partidos eram, invariavelmente, protagonistas nas eleições municipais no Grande ABC: PTB e PT. Por mais de vinte anos as duas legendas comandaram as cidades da região, com quadros de indiscutível capacidade política, como Celso Daniel e Brandão (Santo André) e Braido e Tortorello em São Caetano do Sul, só para citar algumas das grandes lideranças que estiveram à frente das prefeituras. Hoje, a realidade é bem diferente... As duas siglas vivem, ainda que haja opiniões contrárias, os piores momentos de suas histórias.
Companheiro
O PT sente os reflexos das questões nacionais que envolvem o partido em escândalos de corrupção. Por consequência, assisti a saída de nomes importantes para a sigla, que buscam espaço em outras legendas. Vereadores, ex-vereadores e políticos com boa representatividade estão deixando o partido que defenderam por mais de duas décadas. E a debandada tende a crescer na medida em que as investigações contra integrantes da cúpula do partido se aprofundam. Assim, as perspectivas para as eleições 2016 não são nada otimistas.
Sem norte
Já o PTB, depois de perder as prefeituras de São Caetano do Sul e Santo André em 2012, perdeu o rumo. Lideranças como Aidan Ravin e José Auricchio Júnior abandonaram o barco, que ficou à deriva sem um grande nome de expressão. Atualmente, o partido não sabe pra que lado seguir – governo ou oposição – em quase todas as cidades. Sem projeto claro, capaz de conquistar o eleitor, o PTB não é nem sombra de outras épocas. Em São Caetano do Sul, por exemplo, fala em candidatura própria, mas, nos bastidores, seus principais integrantes falam em compor com o atual Governo ou, até, mesmo apoiar o ex-prefeito Auricchio. O certo é que, seja qual caminho será seguido, o PTB não será protagonista em nenhuma das sete cidades. Triste fim para quem já foi um gigante.
Mudança
Comenta-se nos bastidores que o vereador Fábio Soares (PSD), de São Caetano do Sul, sofreu mais um revés político. A direção do partido teria sido oferecida ao ex-prefeito José Auricchio Júnior pelo mandatário nacional do partido, Gilberto Kassab, garantindo ao ex-prefeito apoio ao seu projeto de retornar ao comando da cidade. Soares já se colocou na condição de disputar as eleições majoritárias, depois trabalhou pela indicação à vice na chapa governista e, agora, pode perder o controle do partido na cidade.
Agito
Vereadores e pré-candidatos a vereador em 2016 estão em momento de alta tensão com a proximidade do fim do prazo para mudanças de partido. As articulações estão a todo vapor. Uma coisa é certa: ninguém é capaz de prever qual será o retrato político após o dia 02 de abril. As apostas vêm sempre precedidas da palavra “acho”. Ou seja, não é possível, ainda, imaginar qual será o cenário para as eleições de outubro. Outra certeza, é que tem muita gente tentando valorizar o passe, se oferecendo aos diversos grupos políticos, sem sucesso. Seria escassez de recursos ou imaturidade política?