Professora de São Caetano é premiada por melhor projeto de alfabetização do Brasil

Dezembro 19, 2014

A rede de ensino de São Caetano do Sul está em festa.

A professora Rosângela de Fátima Torres Giampietro, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Anacleto Campanella, foi premiada pelo Ministério da Educação (MEC) por ter desenvolvido o melhor projeto do País de alfabetização para os anos iniciais do Ensino Fundamental. A cerimônia de entrega do 8º Prêmio Professores do Brasil foi realizada na última quinta-feira (11/12), no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, e contou com a presença do ministro da Educação, Henrique Paim, e do prefeito da Capital, Fernando Haddad.
Concorreram ao 8º Prêmio Professores do Brasil 6.808 projetos de mais de 2 mil municípios. Ao todo, 39 professores que contribuíram para a melhoria da educação básica no País foram homenageados, com destaque para os melhores em oito subcategorias: Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Anos Finais do Ensino Fundamental; Ensino Médio; Educação Integral; Ciências para os anos iniciais do Ensino Fundamental; Educação Digital articulada ao desenvolvimento do currículo; e Alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, vencida pela educadora sancaetanense.
“Nós, professores, nunca imaginamos que podemos ganhar um prêmio como esse, mas é preciso ter ousadia. A nossa profissão é muito solitária e muitas vezes não sabemos sistematizar nossa prática pedagógica, não colocamos no papel as experiências que estão dando resultado. Eu sempre registro meus trabalhos, o que facilitou minha participação no Prêmio Professores do Brasil. Acho que com a visibilidade desta conquista mais colegas de São Caetano vão divulgar seus projetos, que são muito bons”, avalia a professora Rosângela Giampietro. “É uma emoção indescritível ter sido premiada por este trabalho.”
O melhor projeto de alfabetização do País foi aplicado na EMEF Anacleto Campanella no ano passado, com o nome 2013 – Ano internacional para a cooperação pela água: consumismo = desperdício. Por que desperdiçar se podemos economizar? “Este projeto obedecia ao eixo temático da escola e era voltado à sustentabilidade, combatendo o desperdício de água e alimentos. Ele foi aplicado em duas salas de aula de 1º ano, com o apoio da professora Maria Amélia Lucena”, explica a professora. “Os alunos se engajaram no projeto e tornaram-se detetives do meio ambiente, lutando contra o desperdício na escola e em suas casas.”
O processo de alfabetização das turmas seguiu o percurso tradicional, com a leitura de textos informativos, mas novos elementos foram utilizados para motivar os estudantes, entre eles a criação de um minhocário e uma composteira para o reaproveitamento de alimentos que seriam jogados no lixo. “Nós queríamos despertar a consciência ambiental das crianças e elas acabaram se tornando detetives do meio ambiente, envolvendo os pais nas atividades contra o desperdício. Essas ações foram expostas no fim do ano letivo na Mostra Cultural da escola e viraram um caderno de receitas com ingredientes que normalmente seriam descartados, como cascas e sobras de alimentos. Foi criado, ainda, um mural de curiosidades para avaliar o domínio da escrita pelas crianças”, enumera a professora.
O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação, sob a responsabilidade da Secretaria de Educação Básica (SEB) e de instituições parceiras como a Unesco e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

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