Entretanto, esses recursos hídricos devem ser utilizados somente para fins como rega de plantas, lavagem de quintais e outras das ações consideradas não-humanas, para evitar riscos de contaminação por doenças.
“A água que vem de calhas pode conter impurezas, como folhas, gravetos e fezes de animais, além da poluição. Portanto, é fundamental que as pessoas possam filtrá-la”, explica Osmar Silva Filho, diretor-geral do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de São Caetano. “Mas essa água nunca deve ser utilizada para atividades humanas (preparo de comida e no banho, por exemplos). É desaconselhável até à lavagem de roupas, porque o recurso hídrico pode estar limpo, mas não tratado adequadamente”, alerta.
No entanto, Osmar Filho destaca que é de vital importância, especialmente neste momento em que a Região Metropolitana vive sua pior crise hídrica dos últimos 85 anos, que a população utilize fontes alternativas para diminuir o desperdício de água potável. “Se cada um fizer a sua parte, conseguiremos economizar e minimizar um pouco essa situação.”
Captação e armazenamento - Os sistemas caseiros de captação e reutilização da água da chuva podem ser simples, elaborados com calhas, filtros e reservatórios. A calha deve ser instalada no telhado, para recolher a água e redirecionar para tanques, caixas ou mesmo cisternas (reservatório subterrâneo). Logo depois, é aconselhável que se faça filtragem (peneira ou pano, entre outros) e tratamento (com cloro, por exemplo, respeitando dosagens) da água. Após as etapas cumpridas, o morador já pode dar uso ao recurso hídrico, mas não a atividades humanas.