São Caetano do Sul está preparada para a flexibilização da quarentena, que prevê a reabertura de parte do comércio com medidas preventivas para evitar a contaminação por coronavírus. Desde o fim de fevereiro, quando foi registrado o primeiro caso no País, a gestão do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) começou a tomar medidas emergenciais, que hoje somam mais de 100 iniciativas, para prevenir, controlar, acompanhar e atender os casos da doença no território são-caetanense, seguindo os critérios técnicos estabelecidos pelo Comitê Estadual de Combate ao Coronavírus.
A primeira ação foi criar um comitê municipal específico para estudar e debater as medidas que seriam adotadas, sempre a partir de critérios técnicos, científicos e baseadas em dados de entidades oficiais de saúde.
“Criamos 40 leitos de UTI exclusivos para atender pacientes com covid-19, montamos um Hospital de Campanha com 100 leitos para casos de baixa complexidade, implementamos a Carreta da Saúde e a tenda de atendimento para síndromes gripais, colocamos em prática o programa de testes em massa (drive thru, no trânsito e domiciliar, que já atenderam mais de 22 mil pessoas), distribuímos máscaras e álcool em gel, espalhamos pela cidade os lavatórios e os túneis de desinfecção pessoal, restringimos a circulação de pessoas, adotamos o isolamento social para controlar a disseminação do vírus. Tudo isso para deixarmos São Caetano preparada para este momento de flexibilização e retomada gradual das atividades”, afirma o prefeito Auricchio.
O chefe do Executivo, no entanto, pondera que o momento exige cautela. “Nosso objetivo maior é salvar vidas. Continuamos com o trabalho focado neste sentido, com medidas que corroboram com as determinações do Comitê Estadual de Combate ao Coronavírus.”
De acordo com o Plano São Paulo, divulgado pelo governo estadual, que estabelece critérios e enquadra as regiões e cidades paulistas em zonas de flexibilização, São Caetano tem os melhores índices do Grande ABC e da Grande São Paulo nos quesitos de capacidade do sistema de Saúde e de controle da evolução da pandemia.
Dos 5 critérios, em nenhum deles a cidade está na chamada Zona 1, vermelha, de alerta máximo. Pelo contrário. Em dois critérios o município está na Zona Verde, em outros dois na Amarela e apenas em um na Zona Laranja, de controle. A ocupação dos leitos de UTI, por exemplo, está em 64% na cidade.
A Região Metropolitana, formada por 39 municípios, incluindo o ABC e São Caetano, era apenas uma. Agora, foi dividida em 5 partes pelo Estado, além da Capital. O que coloca o Grande ABC, com sua estrutura de Saúde e atendimento, em posição de flexibilização para reabrir parte do comércio.
Apesar da redivisão ter separado o Grande ABC das demais cidades da Região Metropolitana, os municípios seguem sem avaliação individualizada pelo Estado, com exceção da Capital. Análise única sobre São Caetano do Sul poderia alçar a cidade já à Fase Amarela.
São Caetano adotou medidas modernas e inovadoras ações, que fazem a diferença para a reabertura gradual das atividades quando o Estado permitir a flexibilização no ABC. O deputado estadual Thiago Auricchio (PL), coordenador da Frente Parlamentar do Grande ABC, protocolou quinta-feira (28) ofício ao Governo do Estado solicitando a inclusão da região na Fase 2 (Laranja) do Plano São Paulo.