Essa rotina está sendo implementada em todas as unidades educacionais, que agora são oficialmente postos de coleta da Campanha Junte Óleo. O Termo de Compromisso, que garante parceria da Prefeitura de Santo André com o Instituto Triângulo, foi assinado no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector.
Santo André é a primeira cidade a integrar a campanha em nível municipal, como forma de política pública. Serão 87 unidades (31 creches, 21 Emeiefs e cinco Centros Públicos de Formação Profissional) preparadas para receber o óleo não só dos alunos e seus familiares, mas também de toda a comunidade. A cada dois litros de óleo entregue, o doador recebe duas pedras de sabão biodegradável. “A questão de destinação de resíduos é muito importante para nós. E, neste caso, estamos dando início a uma adequação de comportamento, com uma mudança que vai começar pelas crianças”, destacou o prefeito Carlos Grana, ao lado do diretor do Instituto, Eduardo Maki.
Segundo o secretário de Educação, Gilmar Silvério, a campanha dará margem para diversas abordagens pedagógicas nas escolas a respeito da importância da preservação ambiental e da sustentabilidade, envolvendo as crianças em uma ação prática. Outro ponto fundamental para Silvério é a possibilidade que a ação terá de aproximar a comunidade da escola. “As escolas precisam ser referências para a população nos bairros”, frisou. Entre as metas da campanha está a sensibilização de 35 mil alunos da rede e o envolvimento de cerca de 100 mil pessoas na coleta de óleo usado, além do recolhimento de 80 toneladas de óleo no primeiro ano de atividade.
CONSCIÊNCIA - Na Emeief Demercindo da Costa Brandão, no Camilópolis, a coleta já começou e Verônica dos Santos, mãe de Beatriz, 5 anos, aderiu à campanha motivada pela filha. “Acho uma iniciativa muito boa, muito importante para o meio ambiente. Moro em apartamento e o entupimento dos encanamentos causa um problemão. Por isso, jogava no lixo. Agora, tenho um bom destino para dar ao óleo”, contou.
A preocupação em evitar o entupimento e a preservação ambiental também andam juntas para Renato Frusuni, do Jardim Cristiane, que não tem filhos na escola, mas faz questão de levar o óleo. “Minha esposa gostou muito do sabão”, acrescentou. “Se jogarmos óleo na pia vamos fazer mal para o meio ambiente. Afinal o óleo vai para os rios e os animais podem beber pensando que é água”, comentou, preocupada, Bruna Diniz Penha, 7 anos, que também estuda na Emeief Demercindo da Costa Brandão.