Escolas municipais de Santo André são postos de coleta de óleo usado

Setembro 26, 2013

 “O óleo jogado na pia faz muito mal para o meio ambiente, polui os rios e mata os peixes. Isso é ruim para a nossa cidade e para o nosso planeta”, com a consciência de que está fazendo algo importante, Camile Rocha Poggi Silva, 7 anos, aluna da Emeief Demercindo da Costa Brandão, foi uma das responsáveis por passar nas salas de aula na última sexta-feira (20), recolhendo as garrafas pets com óleo usado trazidas pelos colegas.

Essa rotina está sendo implementada em todas as unidades educacionais, que agora são oficialmente postos de coleta da Campanha Junte Óleo. O Termo de Compromisso, que garante parceria da Prefeitura de Santo André com o Instituto Triângulo, foi assinado no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector.

 Santo André é a primeira cidade a integrar a campanha em nível municipal, como forma de política pública. Serão 87 unidades (31 creches, 21 Emeiefs e cinco Centros Públicos de Formação Profissional) preparadas para receber o óleo não só dos alunos e seus familiares, mas também de toda a comunidade. A cada dois litros de óleo entregue, o doador recebe duas pedras de sabão biodegradável. “A questão de destinação de resíduos é muito importante para nós. E, neste caso, estamos dando início a uma adequação de comportamento, com uma mudança que vai começar pelas crianças”, destacou o prefeito Carlos Grana, ao lado do diretor do Instituto, Eduardo Maki.

 Segundo o secretário de Educação, Gilmar Silvério, a campanha dará margem para diversas abordagens pedagógicas nas escolas a respeito da importância da preservação ambiental e da sustentabilidade, envolvendo as crianças em uma ação prática. Outro ponto fundamental para Silvério é a possibilidade que a ação terá de aproximar a comunidade da escola. “As escolas precisam ser referências para a população nos bairros”, frisou. Entre as metas da campanha está a sensibilização de 35 mil alunos da rede e o envolvimento de cerca de 100 mil pessoas na coleta de óleo usado, além do recolhimento de 80 toneladas de óleo no primeiro ano de atividade.

 CONSCIÊNCIA - Na Emeief Demercindo da Costa Brandão, no Camilópolis, a coleta já começou e Verônica dos Santos, mãe de Beatriz, 5 anos, aderiu à campanha motivada pela filha. “Acho uma iniciativa muito boa, muito importante para o meio ambiente. Moro em apartamento e o entupimento dos encanamentos causa um problemão. Por isso, jogava no lixo. Agora, tenho um bom destino para dar ao óleo”, contou.

 A preocupação em evitar o entupimento e a preservação ambiental também andam juntas para Renato Frusuni, do Jardim Cristiane, que não tem filhos na escola, mas faz questão de levar o óleo. “Minha esposa gostou muito do sabão”, acrescentou. “Se jogarmos óleo na pia vamos fazer mal para o meio ambiente. Afinal o óleo vai para os rios e os animais podem beber pensando que é água”, comentou, preocupada, Bruna Diniz Penha, 7 anos, que também estuda na Emeief Demercindo da Costa Brandão.

 

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