A paralisação dos coletores, iniciada em 23 de março, atingiu aproximadamente 130 municípios em todo o Estado, onde os coletores e garis se declararam em estado de greve. Os trabalhadores reivindicavam 11,73%, enquanto a primeira proposta dos empresários do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo (Selur) oferecia 7,68%. No Grande ABC, a greve atingiu os sete municípios e envolve 700 trabalhadores. Para o prefeito de Santo André, Carlos Grana, a grande novidade da proposta foi a segurança dada às partes no que diz respeito à data base de 2016. “Esperar o julgamento é prejuízo para todos. Com a participação dos prefeitos foi possível chegar a um entendimento”, disse.
Já o prefeito Lauro Michels, de Diadema, destacou a postura dos prefeitos em buscar uma solução para o impasse. “O lixo estava trazendo um problema de saúde pública para as cidades. E isso em um período de epidemia de dengue em todo o Estado”, ressaltou. A participação decisiva dos prefeitos, por meio do Consórcio, também foi lembrada pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga. “Mais uma vez o ABC consegue buscar sua unidade e servir de referência para outras regiões. O indicativo de 9,5% seguirá também para acabar com a greve em outras regiões”, afirmou.
Também participou da negociação, no Paço de Santo André, o prefeito Paulo Pinheiro, de São Caetano do Sul. Representando o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides, esteve presente o secretário de Meio Ambiente, Gerson Goulart, enquanto o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, foi representado na negociação pelo Secretário de Serviços Urbanos do município, Tarcísio Secoli.