Banco de Alimentos de São Bernardo ajudou a beneficiar 14 mil famílias em 2013

Março 07, 2014

O Banco de Alimentos da Prefeitura de São Bernardo do Campo beneficiou aproximadamente 14 mil famílias em 2013.

Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc), o serviço que iniciou suas atividades há dois anos arrecada alimentos junto a supermercados e centrais de abastecimento que, após seleção, são entregues a entidades assistenciais do município cadastradas na Prefeitura.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Márcia Barral, são beneficiadas atualmente 73 entidades que desenvolvem ações de promoção e inclusão social e de acompanhamento a famílias em vulnerabilidade e carência alimentar e nutricional, além de 50 associações de bairros. "Esse equipamento (Banco de Alimentos) é de suma importância na luta contra o desperdício, além de contribuir para a diminuição da fome e da desnutrição", afirma.
Por mês, são recebidos aproximadamente 3,5 mil quilos de alimentos considerados inadequados para comercialização, porém próprios para consumo, como verduras, legumes, frutas, arroz, feijão e macarrão. Após serem selecionados e classificados, os produtos são imediatamente distribuídos às entidades, de acordo com suas necessidades.
Para a nutricionista Kátia Rodrigues, do Lar Mamãe Clory, uma das instituições beneficiadas pelo serviço, as doações são de grande importância para a alimentação dos atendidos, principalmente pela diversidade de legumes e hortaliças.
"Os produtos são de ótima qualidade. É uma grande ajuda, tanto pela parte nutricional quanto financeira, uma vez que, com a economia proporcionada pelas doações, podemos investir na compra de outros alimentos que não são doados, como carnes, por exemplo", aponta Kátia. A entidade atende 86 pessoas, entre crianças e idosos, e serve café da manhã, almoço, lanche da tarde e janta.
Além de usar as doações para as refeições que são servidas, as entidades distribuem os produtos recebidos em grande quantidade para as famílias dos assistidos. A diarista Francisca de Araújo Aquino conta que sua filha Giovanna, que frequenta o Lar Escola Jêsue Frantz, sempre leva frutas, biscoitos e legumes para casa. "Esses alimentos ajudam bastante, principalmente porque às vezes não temos em casa. Conseguimos comprar só o básico", diz.
 
Agricultura familiar também dá sua contribuição
 
O Banco de Alimentos também recebe doações da agricultura familiar por meio do programa Compra Direta, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do governo federal. Esses alimentos, como verduras e legumes, são distribuídos para 50 associações de bairro cadastradas no serviço.
Um exemplo é a Associação de Moradores da Vila Mariana, que já chegou a atender quase mil famílias daquela região com os donativos recebidos. "Distribuímos para as mais carentes. Da última vez, recebemos quase três mil pés de alface, todos orgânicos. A população fica muito agradecida, pois muitas não têm condições de comprar verduras e legumes para as crianças", conta a presidente da entidade, Lúcia Maria de Lima Gomes.
Hoje, o Banco de Alimentos conta com a parceria da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e de outros três supermercados da cidade. O serviço ainda recebe donativos arrecadados por meio de captação direta em atividades da Prefeitura que vinculam a participação à doação de alimentos.
Segurança alimentar - A secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania defende a necessidade de promover ações de educação alimentar e nutricional junto às instituições beneficiárias e famílias atendidas. "Para isso, temos como proposta construir uma rede de educação alimentar, visando consumo consciente e saudável, podendo, dessa forma, contribuir significativamente com a qualidade de vida dessas pessoas", explica Márcia Barral.
A política de Segurança Alimentar em São Bernardo do Campo possui diversas ações na cidade, que são desenvolvidas por secretarias que possuem interface na implementação dos cuidados com a alimentação saudável. Entre elas, a Secretaria de Saúde, por meio da fiscalização da Vigilância Sanitária nos estabelecimentos, de forma a garantir tratos adequados com alimentos; as hortas urbanas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo; e a compra de alimentos da agricultura familiar para alimentação escolar pela Secretaria de Educação, entre outras.
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